MÚLTIPLO EU

Escrever é ao mesmo tempo dádiva e tragédia de servir ao outro e a si mesmo no intuito de amortecer os tropeços do caminho.



domingo, 20 de janeiro de 2013

Aos meus Românticos são tolos e bobos E não morrem jamais Caio Fernando Abreu, Vinícius de Moraes Falam de rosas, espinhos e jardim Roberto Carlos Tom Jobim Vivem um amor desses de fugir Pela esquina, calçada ou estrada Ana Carolina, Vanessa da Mata São sempre especiais, alguém como tu Uyara Torrente, Maria Gadu

domingo, 26 de agosto de 2012

Arte, Ciência e Revolução

Nouvelle Vague O movimento lento de nós dois Anti-corpos que não existem fora daquela matéria única Arte, Ciência e revolução Em uma só explosão De contatos afins, afoitos, Gritos loucos, urros É de se admirar seu rosto Sua expressão Ao me ter nas mãos É um raro querer bem De voltar ao instinto Selvagem do início É um prazer efêmero Um intervalo bom Um sopro donde brota a vida Pecado, não.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Caminhar comigo

Desculpe por meu jeito às vezes amargo
Estou aprendendo
A lidar com essa vida repartida
A cuidar das feridas que ainda não cicatrizaram

Eu peço que entenda
Estou do seu lado
E quero aprender como é repartir
E não viver mais solitário

Só que eu sei:
Precisamos nos achar
Nos reinventar
Saber que sempre estamos aqui
Um pelo outro

Se colocas barreiras em qualquer ponte de sua vida pessoal
Sinto que comigo, é diferente
Não há nada que me separe de você
Não mede esforços para me ver

Se sou eu que tenho entraves assim tão fortes
Saiba que não são naturais, mas ainda sim, difíceis de quebrar
É que eu preciso do seu suporte
De você para me acompanhar

Eu só preciso que caminhe comigo
Até o fim da estrada
Ombro a ombro
Para te abraçar

Eu só preciso que caminhe comigo
Me entenda,
Eu sou um poeta, implicante e louco
Que só quer te amar...

Desmedida do amor

Perguntaram por que não mais ele escreveu
Ele disse que não se calou
Apenas se guardou
Para viver um amor

Desses de romper limites vagos
De querer bem e até chorar de felicidade
Sentir o peito doer e arder
Sem maldade

Encontrar uma alma boa
Sair da escuridão
Encontrar um guia, a solução

De arrepender-se por ter se entregado por tão pouco
Para agora dar valor às pequenas descobertas

De portas abertas
De sorriso fácil e hipnotizante
De loucuras desmedidas
De reciprocidade fascinante

Quando uma alma , de súbito, reconhece a outra
O mundo pára e as coisas já não fazem sentido
Tudo gira em torno daquilo
Que faz sonhar

E você me faz...

Como não dizer que é amor?

Como não dizer que é amor?
Se meus olhos só confirmam a desconfiança
Ao olhar-te triste, inseguro e assim me sentir por não conseguir te ajudar
Como não dizer que é amor?
Se a sensação é de partida
Quando nossos corpos não se encontram e o que eu preciso é te esperar

Como não dizer que é amor?
Se me sinto tão perdido quando não estou com você
Se a sensação é de amargura
Quando há algo que não conseguimos resolver.

Saiba, porém, que não estou mudado
É só uma sensação de não me ter do lado
Mas perceba que te trago em mim
Em tudo que faço
E pense no certo, nunca no errado,
Pois não há carnavais ou teatros capazes de mudar
Um sentimento que só tem a crescer
A multiplicar

Você me faz bem
Eu me preocupo
Eu te amo, sim
Lhe asseguro
Se essa era a resposta que esperava ansiosamente
Nunca se esqueça
Estás na minha mente.

E por mais que eu tente
Não vou conseguir
Por você, esqueço tudo que conheço, tudo que conheci
Só me veria assim triste, desanimado
Se eu tivesse a certeza que não me traz também aí do seu lado.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Teu sorriso é meu ano novo

Teu sorriso moreno cativante
Me deixa fraco,
Tomado por um alucinante remédio
Grato, um presente que me deu
Um trato de amar e ser quem cuida de mim

A espera de uma companhia
Ao carro que me leva a longe
Do medo de estar só, distante
Eu quero te ter além daqui

E no ano que vem
Eu pergunto: onde iremos
Onde isso vai dar
Meus fogos de artifício vão te encontrar
Nessa noite iluminada

Tenha ciência que meu pensamento é seu
E que espero tudo de bom
Mentalizar na hora da virada
Que eu sei que o retorno vai chegar
E o nosso destino vai se encontrar
Nos deixar de alma lavada

Sensação tola

Sensação tola de forçar conversas
Simular encontros disfarçados
Desencontrar anseios às vezes fracos servidos de um tempero hostil e vago
Um sentimento irremediável
De um atroz desapego ao desejo sincero de criar um elo
Um desejo de sombra que vagueia e ronda de perto
Um querer que afasta e aproxima nem sempre o que é belo

Um labirinto onírico
De sonhos entremeados de lama e perdão
Um sofrimento, devassidão
Preenche vazios efêmeros, curta emoção, um dia
Uma alegria virá na rodovia
E meu carro será meu guia a um destino certo
Que a positividade esteja no final da estrada
Ou quem sabe descubra durante a caminhada.